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quarta-feira, junho 27, 2007

.Estranho. Não como aquelas vezes em que a raiva consome, e as lagrimas ardem presas aos olhos vermelhos. É uma inquietação conformada, como se nada estivesse certo e ao mesmo tempo isso não importasse mais.
.Aquele olhar que perde o foco, a consciência que parece titubear enquanto as mãos fazem algum movimento aleatório até que se note a existência novamente.
.É essa procura infinita, às vezes clara e às vezes difusa, que insiste em levar para os caminhos mais tortuosos e inseguros, nos quais o passo é cego, a estrada é acidentada e o fim é incerto, podendo levar a muitas outras estradas.
.Assim me sinto há muito tempo, e inclusive agora. Incompleta.

Enviado por Clarice às 21:51 horas.
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segunda-feira, junho 18, 2007

.Eu subia. Subia como uma máquina incansável, sem objetivo.

.Eis que surge aquela imagem soberba: a lua linda, minguante em sua majestosa forma, acompanhada da estrela mais brilhante do céu.

.Não há mais nada a se fazer senão olhar, esperar e contemplar. Os sinos da igreja tocam ao longe, a hora sagrada.

.Sem hesitar, fiz o que jurei não fazer novamente. Desta vez, não há erro. Tudo está como deveria estar.

.Os cães começam a latir. Um gato preto corre em minha direção, e o passado se faz presente.

.Porém, o temor se foi. Renovada, eu sou eu novamente.

Enviado por Clarice às 18:19 horas.
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