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sábado, setembro 23, 2006

"E esse remédio é pra quê?"
"Esse é um remédio pra Clarice."
"Haaaan."

Bom. Eu já engoli muitas da Homeopatia, até porque me trato com ela desde meus primeiros anos. Mas tomar uma dose altamente diluída de um elemento existente na tabela periódica já foi um pouco demais para o meu senso crítico. Cheguei em casa e consultei o oráculo (internet). Afinal, aquele cara que me faz perguntas e escreve coisas no laptop pensa alguma coisa de mim. E o quê? Isso sempre me despertou curiosidade... dos fragmentos sem sentido que eu exponho, será que ele consegue captar alguma essência de realidade (isso existe?)?
Fiquei insatisfeita com a pessoa para quem foi feito aquele remédio. E o que eu estava tomando antes? Também não me agradou muito. E o de antes? Também não pareceu se aplicar muito.
É... eu sei que eu não sou a pessoa mais apropriada para me avaliar... mas desculpe-me, eu tenho total consciência de que sou eu quem mais entende de mim mesma. Não que isso signifique muito. Mas alguém que me vê uma vez a cada dois meses no máximo... não pode estar apto a me designar um remédio que tem que ter total afinidade comigo e me acompanhar por tempos.
Tenho certeza de que ele é um médico extremamente capaz e tudo... só não sei se está dando certo comigo. Ah.
Muitas coisas podem estar erradas... ele pode estar errado, a internet pode estar errada, eu posso estar errada... Mas ah, como eu não quero estar errada. Não quero ser aquilo que eu vi, não posso ser aquilo. Existem pontos que eu considero verdadeiros... mas há muitos bem contrários... ou não?

Enviado por Clarice às 23:56 horas.
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